à barca
que a barca
tudo abarca.
Se algum concretista já escreveu algo parecido, ele que venha tirar satisfações!
cretinos!
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
sábado, 27 de novembro de 2010
Wanderson
Na esquina
da boemia com a vida,
aprendi que chamando
moleque de senhor,
o bandido vira gente.
da boemia com a vida,
aprendi que chamando
moleque de senhor,
o bandido vira gente.
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
amor dadivagado
e foi assim que começou.
no fim do mundo,
um pato encontrou um cacto
e se apaixonou.
e o pato, dando seus sonoros grasnos
se enrolou em espinhos,
sendo mais humano
que muito homem,
se sentiu feliz.
e o cacto,
tão solitário,
nunca amado,
deu seu amor ao pato
e foi feliz.
e o pato,
furado por espinhos
envolto em sangue,
sentiu a dor
do seu amor.
e o cacto,
sentiu a dor
que causou
àquele único
que o amou.
*inspirado no blog www.dadivagada.blogspot.com com colaboração de Guilherme Varga
no fim do mundo,
um pato encontrou um cacto
e se apaixonou.
e o pato, dando seus sonoros grasnos
se enrolou em espinhos,
sendo mais humano
que muito homem,
se sentiu feliz.
e o cacto,
tão solitário,
nunca amado,
deu seu amor ao pato
e foi feliz.
e o pato,
furado por espinhos
envolto em sangue,
sentiu a dor
do seu amor.
e o cacto,
sentiu a dor
que causou
àquele único
que o amou.
*inspirado no blog www.dadivagada.blogspot.com com colaboração de Guilherme Varga
terça-feira, 9 de novembro de 2010
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
terça-feira, 14 de setembro de 2010
terça-feira, 7 de setembro de 2010
¿?
Paradoxalmente, porém, gostaria de ressaltar que eu tenho grande apreço por situações paradoxais.
Hoje mesmo me peguei pensando o quanto eu sou relutante em relação à passagem do tempo. Nesse exato momento, por exemplo, estou acordada para postergar ao máximo o dia de amanhã (aka aula, aka inferno). Isso porque quanto mais cedo eu for dormir, mais rápido o amanhã vai chegar. Além disso, vivo querendo voltar no tempo para não perder as coisas legais que a vida nos faz deixar pra trás.
Por outro laaaado (lá vem!) todas as minhas aspirações são projetadas para o futuro.
"Vou fazer aulas de teatro para ser uma pessoa mais feliz!"
"Só quando eu tiver um filho atingirei a felicidade plena!"
Ou seja, vivo condicionando minha felicidade ao futuro.
Tendo isso, concluímos que de duas uma: ou minha vontade de não deixar o tempo passar é mentirosa ou eu repudio a felicidade.
E o pior é que eu acho que as duas respostas valem. Paradoxo.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
probléma,àtis
-Por que nada pode ser simples para você?
-Nada pode ser simples se tudo é problema.
-Por que tudo é problema?
-Porque tudo pode ser resolvido.
-Nada pode ser simples se tudo é problema.
-Por que tudo é problema?
-Porque tudo pode ser resolvido.
sábado, 31 de julho de 2010
Câmera I love You
Carol diz: na verdade tenho uma relação de amor e ódio com cameras
gosto delas na hora de tirar
mas não na hora de ver as fotos
gosto delas na hora de tirar
mas não na hora de ver as fotos
terça-feira, 29 de junho de 2010
Solução
Ele me disse que a saída estava onde se engana o coração.
Ela me sugeriu aulas de tango.
E eu?
Eu continuei aqui sentada...
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Letargia Ideológica
A rosa queimou
O vermelho desbotou
A mão não se mexe
A revolta não cresce
A família vai contente
antes da Tela Quente
Eu não tenho peito
Em nada me meto
Fico no canto
Pensando um tanto
Se algum dia
vou
no meu destino mandar
Foda-se!
Fodam-me!
E assim eu sigo:
Babando e comprando...
Ad Aeternum
O vermelho desbotou
A mão não se mexe
A revolta não cresce
A família vai contente
antes da Tela Quente
Eu não tenho peito
Em nada me meto
Fico no canto
Pensando um tanto
Se algum dia
vou
no meu destino mandar
Foda-se!
Fodam-me!
E assim eu sigo:
Babando e comprando...
Ad Aeternum
quinta-feira, 27 de maio de 2010
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Um devir não simplesmente paradoxal, mas antinômico
Pois que existe sim a Perfeição!
Vejo-a em cada momento do meu viver
Vejo-a sob tantas possibilidades e formas
Vejo-a como essas manhãs de inverno...
Ela é tão verdadeira
Tão intensa e bela e ideal
Me enche de consciência
Que afinal a vida vale a pena
E ela está aqui e em todo lugar
Em sua própria incompletude
Pois jamais pode vir a ser real
E por isso é perfeita
Então vem a dor...
Não é de sua natureza
Concretizar-se
E perder seu significado
Eis o Perfeito...
E a Lagarta morre antes de chegar às pétalas da Rosa.
Bem-feito.
Vejo-a em cada momento do meu viver
Vejo-a sob tantas possibilidades e formas
Vejo-a como essas manhãs de inverno...
Ela é tão verdadeira
Tão intensa e bela e ideal
Me enche de consciência
Que afinal a vida vale a pena
E ela está aqui e em todo lugar
Em sua própria incompletude
Pois jamais pode vir a ser real
E por isso é perfeita
Então vem a dor...
Não é de sua natureza
Concretizar-se
E perder seu significado
Eis o Perfeito...
E a Lagarta morre antes de chegar às pétalas da Rosa.
Bem-feito.
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Personae
-Bom dia. Em que posso ajudá-lo?
-Eu quero uma personalidade, por favor.
-Desculpe, estamos em falta desse produto.
-Mas nos comerciais vocês anunciavam várias!
-Acabaram todas agora há pouco.
-Ok, vou ficar sem nenhuma então.
-Eu quero uma personalidade, por favor.
-Desculpe, estamos em falta desse produto.
-Mas nos comerciais vocês anunciavam várias!
-Acabaram todas agora há pouco.
-Ok, vou ficar sem nenhuma então.
terça-feira, 11 de maio de 2010
domingo, 9 de maio de 2010
Solidão
um fluxo de consciência
um sonho inacabado
melhor continuar na sombra
não revelar o mascarado
lembranças que vêm e vão
são tormenta, chuva forte
prevalece escuridão
dela afasta-se a sorte
diante do inesperado
pela desesperança do desesperar
urros formam-se lá dentro
ouve-se o ruído ecoado
contido, repetido e guardado
da fortaleza ele não sai
ali permanece
sem escapar
assim passam-se horas
dias, meses, anos também
na constante desestabilidade
na distância
no ninguém.
quinta-feira, 6 de maio de 2010
quarta-feira, 21 de abril de 2010
O real valor das coisas
Tanto tive, tanto obtive, tanto vivi, tanto fui e tanto vim.
Só agora que fiquei dias e mais dias sem dormir
percebo que o tempo a tempos me ensinava que valor só damos àquilo que não possuímos
mais.
É óbvio, mas é o real valor das coisas. Para alguém que vive
cercado de muito real e pouco valor, até que é uma boa sacada. Agora me diz
o que estamos fazendo, eu aqui escrevendo e você aí lendo? Vamos todos dormir, e deixar
de perturbar os outros com nossas
pequenices.
Só agora que fiquei dias e mais dias sem dormir
percebo que o tempo a tempos me ensinava que valor só damos àquilo que não possuímos
mais.
É óbvio, mas é o real valor das coisas. Para alguém que vive
cercado de muito real e pouco valor, até que é uma boa sacada. Agora me diz
o que estamos fazendo, eu aqui escrevendo e você aí lendo? Vamos todos dormir, e deixar
de perturbar os outros com nossas
pequenices.
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Ela
Ela,
mulher estranha,
mulher bacana.
sua maquilagem
não sai da loja,
sai de sua boca,
entra pelos ouvidos
e apaixona.
mulher estranha,
mulher bacana.
sua maquilagem
não sai da loja,
sai de sua boca,
entra pelos ouvidos
e apaixona.
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Reclamação
Tenho uma reclamação a fazer contra o tempo.
É que as nuvens têm um poder de influenciar no meu humor.
E, cara, esses dias nublados me deixam triste.
É isso.
Obrigada.
sexta-feira, 2 de abril de 2010
Menina no Metrô
Olha!
Olho.
Não olho.
Olhei, olhou.
Olhou.
Olho, não dá, tão na frente.
Olho.
Cadê?
Desceu na Brigadeiro.
Olho.
Não olho.
Olhei, olhou.
Olhou.
Olho, não dá, tão na frente.
Olho.
Cadê?
Desceu na Brigadeiro.
domingo, 21 de fevereiro de 2010
Vou-me embora
Vou-me embora pra Franca
Lá sou amigo do rei
Lá tenho o sapato que eu quero
No armário que escolherei
Vou-me embora pra Franca
Vou-me embora pra Franca
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de lago!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa (Comas) vinha me contar
Vou-me embora pra Franca
Em Franca não tem nada
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Não tem telefone automático
Tem cerveja à vontade
Não tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
Terei o sapato que eu quero
No armário que escolherei
Vou-me embora pra Franca.
Lá sou amigo do rei
Lá tenho o sapato que eu quero
No armário que escolherei
Vou-me embora pra Franca
Vou-me embora pra Franca
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de lago!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa (Comas) vinha me contar
Vou-me embora pra Franca
Em Franca não tem nada
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Não tem telefone automático
Tem cerveja à vontade
Não tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
Terei o sapato que eu quero
No armário que escolherei
Vou-me embora pra Franca.
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Resumé
Dia estranho... Modorra acumulada de chuva não chovida: bafo de frente; calor rebatido pelo chão. Dia quente, insuportável. Céu era azulindo, mas. Com manchinhas branquinhas. Ainda não ficava cinza das nuvens ameaçadoras. Era nem manhã nem tarde: meiamente. Quando pessoas estão almoçando, mas só em dias normais... férias! Todos estavam é no já-cordando pois. Mas foi bem depois que ocorreu o acontecido. Por ora era o fechando vistas para a janela bem aberta... olhos de metade... olhos zumbizando... olhos remeleca... ãããããããí então água para o despertando! Excitação para aproveitar os instantes, fora, com todos. Todos é o complicado... porém. É a lenga-longa-lenga. É mais o calor calor calor. Que horror! Sintonia é nunca! No entanto contanto, apesares dos pesares, no repetindo e rindo tudo tudo sempre dá. E deu. Fomos. Saímos. Onde? Fora. Fora do entre-quatro-paredes; dos não-visíveis-muros; do ensimesmo. Issos ainda nãos. Talvez amanhã. Saímos é fora de casa. Mas no primeiramente tínhamos que quebrar o jejum. Com calor e ror-ronco, é o semibum de irritação. O outro semi é escolher... mas... bemmente... bidizendo: repetindo e rindo tudo dá. E pois deu, de novamente. E sim, agora todos cheim, é felicim sim! Calor nem mais sentimos. E o ocorrido? Chego-chego lá. Então no meio mais alegremente foi o escolhendo quê fazer. Escolhemos parque. De diversão não. Ora sim. Não. Parque de diversão não, parque parque, com diversão. Tinha árvore, tinha lago, tinha grama, tinha multidão espalhados em seus cada afazeres. Era um bom parque. E pois divertimos. Muitamente. E no depois: redivertimos. Mas veio vindo nuvens ameaçadoras, já redito. E mais ventania de tempestade, isso agora dito. Fomos embora. Dia virava noite, céu cinza e escuro e negro. Chuva. Mas já ou no daqui-a-pouco, todos estavam no dentro. Retornavam. Um dia mais dizendo beijomeliga. Só sobrou lembrancinhas. Outrora é hora de lembrar e relembrar. Agora é hora de descansar. E o acontecido de estranheza? Pode ocorrer amanhã, não pode? Além do mais, amanhã é bem depois... ainda.
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
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