quarta-feira, 29 de outubro de 2008

borboletas


a cada folha que cai do calendário, como num passe de mágica perfeitamente sincronizado, mais uma sai de seu casulo e decide voar dentro de meu estômago.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

A Dádiva

Na inauguração da ferrovia
Houve explosão de alegria!
Pessoas brincando e cantando
Aquela novidade amando!

Quantas viagens foram feitas!
Quantas foram as aventuras!
Também as tristezas, sonhos, devaneios!

Mas, mudaram-se os tempos...
Passageiros e maquinistas
Foram abrir estradas
Mudaram-se os ventos!
Agora já têm outras vistas
Ocupadas e alienadas...

Ferrugem invade a estação
E sempre é a mesma fachada
Isso parte o coração...
Nossos esforços ver assim tão calada

Talvez não seja hora de reforma
Pois o chão se tornara cheio de pedras
Mas não esqueçamos:

Nas paredes não há muitos cartazes!

sábado, 18 de outubro de 2008

tempestade em copo d'água


que tudo é questão de ponto de vista todo o mundo sabe, mas vou além. Às vezes - poucas, muitas, depende de quem - a gente meio que esquece o zoom da câmera ligado. O mundo parece tá desabando, mas bastam algumas apertadinhas do botão de 'zoom out' que, tendo a visão do plano inteiro, se percebe que tudo não passou de uma mera tempestade em copo d'água. Capisce?

NOOT...

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Entre-Guerras

Apresse-se!
Tempo é pouco
Tudo passa
e passa sem volta
Absurdamente
Rapidamente
É fugaz
É ligeiro
Um piscar
Um respirar
Não vai dar tempo
Vai sim!
Não não
Já era...

O sinal acabou de tocar

terça-feira, 14 de outubro de 2008

À la Classique

Apareceram os primeiros sintomas de estagnação??
Não há mas tempo pra distração??
Pois é fácil a solução!!

Voltemos à origem
Leiamos a receita:
-Ajunte palavras quaisquer
-Uma pitada de preposições
-Pontuações aleatórias
E para o preparo misture tudo com gosto.

Se assim será, será serado!

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Geniais.

quando se tem amigos assim, não se precisa de mais nada.

(só de um chocolate quente, uma carteira de motorista, um avião, uma ilha, um tênis novo, um guarda chuva, um castelo de areia, uma boa idéia, um mouse, uma xícara, um livro e um tempo.)

Ah, vá!

Precisa de nada. De nada?
Obrigada.

Casualidade do Penteado

Sempre há aqueles terríveis dias de pessimismo...
A chuva fraca da manhã,
O horóscopo maldito,
A matéria impossível de aprender,
As vontades frustradas,
A consciência da alienação,
Chororos e mimimis,
E quando se chega ao limite
Percebe-se no espelho:

Formato lambidamente homogêneo e diagonal
É... e viva o determinismo cabelal!

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Créumotórax

- E aí, como vai?
- Nem o tango argentino adianta mais...
- Putz, então toca um funk carioca!

(Onde eu fui parar com a cabeça...me assassinem depois dessa)

Novíssima Canção do Exílio

Minha terra tem palmeiras
que nao são palmeiras.

Lá, canta o sabiá:
RRRatatatá!

nããããão!!!!


CONSEQÜÊNCIA!
ufa... tava precisando desabafar!

(agora que a palavra MAIS GOSTOSA de escrever da língua portuguesa já era...)

Buda na Montanha

O telefone toca de novo. Buda na montanha. Alô? Ok, tchau, só isso? Tá bom, tchau. E de novo: Então...Putz, ah não. É. Saco, tchau. Agora sim.
A luz indireta não fere tanto meus olhos como aquela que me espera ao final do túnel. Consigo ouvir a chuva. Cada pingo. Suspiro...droga, merda, puta que o pariu! Hoje vai ser difícil. O pior é que dizem que eu sou antisocial. E não importa se tem hífen ou não, droga, o Lula já assinou a papelada da Reforma ortográfica...hunft.
Buda na montanha, Buda na montanha.

Inconveniente Temporal

De tempos em tempos
- Mais algumas vezes que outras -
Vem sutilmente...

Enegrece a sua volta
Assombra os ares
E acalma balanços

Quando tudo está estático
De repente, não mais que de repente
A grande lâmina de luz

CABRUUUM

Droga... esqueci o guarda-chuva...